Polícia Federal não encontrou joias mais valiosas de Cabral
As joias mais caras adquiridas, segundo o Ministério Público Federal, pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo não foram encontradas no apartamento do casal nas ações da Operação Lava Jato.
A Polícia Federal concluiu a análise de 124 joias e 13 relógios apreendidas no imóvel. O laudo indica que as peças valem R$ 4,8 milhões.
O valor é menor do que os R$ 6,5 milhões gasto pelo casal em apenas duas joalherias de acordo com denúncia apresentada em dezembro pela procuradoria. Os dois são acusados de ocultar o patrimônio adquirido com propina com a compra desses bens em dinheiro vivo.
Cruzamento feito pela reportagem entre o laudo e as listagens entregues pelas joalherias H. Stern e Antônio Bernardo indica que as peças mais valiosas não foram apreendidas pela PF.
Estão entre os exemplares ainda não encontrados estão o brinco espeto de turmalina com diamantes, que custa R$ 612 mil, e o anel de ouro amarelo com rubi, estimado em R$ 600 mil, os dois mais caros da lista.
A joia mais valiosa analisada pela PF foi um par de brincos em formato de flores com 24 diamantes, avaliado em R$ 240 mil. Eles não foram adquiridos em nenhuma das duas lojas mencionadas.
Resposta
O advogado Alexandre Lopes, que representa Ancelmo, afirmou que as joalherias atribuíram à sua cliente “joias jamais adquiridas por ela”. A defesa de Cabral informou que se manifestará apenas no processo.