Reunião de emergência
Apesar da apatia do Verdão no clássico contra o São Paulo, técnico evita bronca e blinda os jogadores
Cuca deu uma de paizão, ontem à tarde, na reapresentação do Palmeiras na Academia de Futebol.
Com o treino aberto à imprensa, o comandante agiu para tentar melhorar o astral da equipe, que perdeu a segunda partida consecutiva no Campeonato Brasileiro —Chapecoense e São Paulo—, ambas como visitante.
Em reuniões de emergência, o treinador primeiro falou com o goleiro Fernando Prass, que admitiu ter falhado nos dois gols do Tricolor.
Na sequência, o técnico conversou por cerca de 15 minutos com o elenco. Por último, o papo dele foi com o zagueiro Mina e o meia Guerra. Os dois foram poupados do treino com bola.
Logo após o clássico, Cuca disse que o momento não era de críticas. Salientou que essa opção abalaria a confiança dos atletas.
O diretor de futebol, Ale- xandre Mattos, e o gerente Cícero Souza apareceram no gramado depois e não participaram da conversa. Os auxiliares de Cuca também ficaram distantes do elenco.
Fala, capitão
O atacante Dudu foi o porta-voz dos atletas e reforçou que o bate-papo não teve nada de puxão de orelha.
“Foi uma conversa nossa. Ele disse para a gente continuar firme, não desanimar. Perder é ruim, mas que é para não desanimar. Vamos continuar firmes em busca dos nossos objetivos”, disse o dono da faixa de capitão.
Segundo o camisa 7, o Palmeiras vive um momento de transição. Apesar de Cuca conhecer quase todo o elenco, a estrutura tática da equipe está sendo redesenhada em relação ao que vinha sendo feito com Eduardo Baptista.
“Ano passado tínhamos uma base montada. Neste ano, nós trocamos alguns jogadores. Com o Eduardo, a gente jogava em uma formação diferente. O Cuca tem só cinco jogos, e estamos buscando esse equilíbrio”, analisou Dudu.