Sem craques, Brasileirão premia organização coletiva
Enquanto o digital do relógio parece avisar, ah, ah, que no balanço das horas tudo pode mudar... Alô, povão, agora é fé! Da série “ah, vá”, tem muita gente corajosa que dirá que é muito cedo para fazer análise no interminável Campeonato Brasileiro de pontozzz corridozzz... São os mesmos que, em dezembro, depois da definição do campeão, dos classificados à Libertadores-2018 e dos rebaixados à Série Baba, esmiuçarão, cheios de razão, todos os motivos para os fatos ocorridos e ainda dirão que já sabiam e bláblá-blá. Peroba neles!
Como de hábito, darei a cara a tapa. Após disputadas três de 38 rodadas (7,9%), é possível afirmar (com um grau de confiança e margem de erro similar à das pesquisas eleitorais) que:
1) Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG, apontados em todas as listas como os principais favoritos, podem até brigar pelo caneco, mas não sobrarão na turma. Ao contrário do que ocorreu em 2015, por exemplo —quando o Corinthians foi campeão ganhando o primeiro turno, o segundo turno, com o melhor ataque e a melhor defesa—, neste ano, como costuma ser a regra, não teremos uma Juventus, um Bayern ou um Celtic, campeão disparado.
2) O fraquíssimo AtléticoGO está condenado à degola, e o Vitória precisará de um técnico (Petkovic, o cartola-treineiro, não é sério, né?) e de reforços se quiser ter alguma chance de escapar. Dado o nivelamento por baixo, mais uma vez teremos mais times lutando para não cair do que pelo título do campeonato.
3) Com um punhado de bons jogadores, mas sem craques atuando no (autointitulado) país do futebol, só disputará o topo da tabela times bem treinados e organizados. Quem viver verá! Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!