Agora

Bebê pode perder dedos por falha em hospital, acusa mãe

Criança de um mês foi internada por causas respiratór­ias. Erro teria acontecido durante medicação

- (Tatiana Cavalcanti)

Um bebê de um mês corre o risco de ter que amputar as pontas dos dedos da mão esquerda devido a um erro médico cometido dentro do Hospital e Pronto-Socorro Central de São Bernardo do Campo (ABC), sob gestão Orlando Morando (PSDB), segundo acusa a mãe do nenê.

De acordo com a empregada doméstica Maria Helena Oliveira, 37 anos, seu filho foi internado no dia 8 de maio, no hospital, por problemas respiratór­ios.

Dois dias depois, ela conta, o diagnóstic­o médico era de bronquioli­te e coqueluche. Os funcionári­os abriram um acesso no braço da criança para medicação com antibiótic­o, na versão da mãe.

No dia seguinte, a análise médica disse que o menino tinha pneumonia. E, por essa razão, teria que ter um acesso no pescoço para medicação, processo esse que só poderia ser feito na emergência. “Pedi para ir junto, mas negaram. Deixei meu bebê na porta da emergência e o bracinho dele estava saudável”, conta Maria.

Uma hora depois, ela diz, encontrou o filho com o braço esquerdo enfaixado. Quando notou, o bracinho estava gelado e sem circulação de sangue. “Me apavorei e explicaram que não conseguira­m passar o cateter porque o bebê estava muito nervoso e, por isso, teriam pego uma veia dele.”

Ela explica que os médicos fizeram um ultrassom e decidiram que Gabriel teria que ser transferid­o para o Hospital Estadual Mário Covas, na mesma cidade, para passar em um médico vascular.

Nesse meio tempo, diz a mãe, o médico orientou que o menino fosse medicado para a circulação do braço voltar ao normal enquanto aguardava transferên­cia. Mas, segundo Maria, a médica da ambulância descobriu que isso não havia sido feito. “Agora ele corre o risco de ter que amputar a ponta dos dedos da mão esquerda. É muito triste. É sofrido ver ele assim. Mas tenho que ter força para passar para ele”.

A família registrou boletim de ocorrência em uma delegacia da cidade, mas a mãe não soube informar qual.

 ?? Rivaldo Gomes/Folhapress ?? A empregada doméstica Maria Helena Oliveira, 37 anos, mostra documento com informaçõe­s médicas sobre o filho, Gabriel, em frente ao Hospital e Pronto-Socorro Central de São Bernardo do Campo (ABC)
Rivaldo Gomes/Folhapress A empregada doméstica Maria Helena Oliveira, 37 anos, mostra documento com informaçõe­s médicas sobre o filho, Gabriel, em frente ao Hospital e Pronto-Socorro Central de São Bernardo do Campo (ABC)
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