Alckmin pede fim de rebelião do PSDB de SP contra Temer
De olho em 2018, governador paulista defende que partido fique na base aliada e encontrará presidente
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pediu o fim da rebelião da seção paulista do PSDB contra o governo de Michel Temer (PMDB). O tucano quer o partido unido na defesa do presidente, que enfrenta grave crise política com a delação da JBS.
Em jantar com seis dos principais prefeitos tucanos do interior, anteontem, no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin pediu que eles usas- sem sua influência para esvaziar o encontro marcado para a próxima segunda-feira, no qual o Diretório Estadual do partido pretendia anunciar o rompimento com Temer. O presidente deverá encontrar o governador neste fim de semana.
Estiveram no encontro os prefeitos de Santos, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Jundiaí e Piracicaba.
A “ordem unida” decorre da leitura de Alckmin de que, por ora, o governo Temer resiste ao vendaval de denúncias. Na avaliação do governador, há clima em Brasília inclusive para a absolvição no julgamento da chapa no TSE, o que tiraria muito da pressão sobre o Planalto.
Segundo o grupo de Alckmin, a realização de indiretas agora embaralharia todo o xadrez sucessório, dando uma força desproporcional ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que hoje seria favorito.
O DEM teria naturalmente destaque na composição de acertos para 2018. Alckmin, que ainda alimenta pretensão de ser candidato, prefere replicar o acerto que mantém em São Paulo com o PSB. Avalia que as indiretas poderiam tirá-lo de vez do jogo sucessório.