Sindicatos adotam cautela
Um dia depois de a Justiça permitir que a Prefeitura de São Paulo, sob gestão João Doria (PSDB), tire os cobradores de ônibus, profissionais da categoria reclamavam da decisão. Eles temem perder seus empregos.
“Dizem que vão nos realocar [os 20 mil cobradores da capital]. Mas duvido. Acho que vão demitir mesmo. Somos pais de família, precisamos desse trabalho”, disse ontem um cobrador de 36 anos, que atua na linha 576C/10 - Metrô JabaquaraTerminal Santo Amaro, que testa ônibus sem cobradores.
Para um motorista da mesma linha, de 47 anos, o cobrador fará falta. “É um profissional essencial. Dá informações para os passageiros, ajuda cadeirantes e nos avisam quando as pessoas já desceram. Isso dá segurança. Nem sempre enxergamos o coletivo quando está cheio”.
Um motorista dessa mesma linha, que dirige um ônibus sem cobrador, disse que o tempo de viagem aumentou em cerca de dez minutos. “Isso porque tenho que parar tudo para ajudar cadeirantes, por exemplo. Mas também paro, e me atraso, porque tenho que explicar aos
A SPTrans, sob gestão João Doria (PSDB), afirma que estuda recolocação dos cobradores em outras atividades.
O Sindmotoristas (sindicato da categoria), diz confiar no compromisso assumido pela prefeitura, mas que, “mesmo assim”, o departamento jurídico foi acionado para passageiros com dinheiro que eles precisam aguardar o próximo ônibus com cobrador”. Todos os funcionários pediram para não serem identificados.
Passageiro dessa linha, o aposentado Joel Dias, 60, reclama quando entra no ônibus sem cobrador. “Os motoristas perdem muito tempo, atrasa nossa viagem”. monitorar e tomar as providências cabíveis, para garantir a vigência da lei que garante a presença dos cobradores no sistema.
A SPUrbanuss (sindicato das empresas) diz que não há determinação para que “a frota em operação trabalhe sem o cobrador”.