Agora

‘Velocidade tem de ser reduzida’

Esquina das ruas João Boemer e Santa Rita registrou 12 acidentes com 15 feridos em 2016

- (LF) (Leonardo Fuhrmann)

A instalação de semáforos e a redução das velocidade­s são possibilid­ades de solução para o número de acidentes no cruzamento das ruas Santa Rita e João Boemer que devem ser analisadas pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) segundo o en- genheiro Ivan Whately, especialis­ta em trânsito. O limite de ambas é de 40 km/h.

Além da redução de velocidade­s, ele diz que mudanças de geometria podem ajudar a diminuir o número de acidentes. “É possível mudar a geometria do cruzamento para obrigar os motoristas a reduzirem a velocidade”, diz. Outra medida que ele considera importante é melhorar a eficiência da fiscalizaç­ão às infrações de trânsito, como o excesso de velocidade e o desrespeit­o a semáforos e preferenci­ais.

O engenheiro considera grave que quatro das dez avenidas com maior número de acidentes em 2016 também constavam na lista de 2015. “É sinal que não foram tomadas medidas ou o que foi feito não deu o resultado esperado”, diz Whately.

O cruzamento das ruas João Boemer e Santa Rita, no Pari (zona leste), é o mais perigoso da cidade em razão de acidentes automobilí­sticos com vítimas. Segundo dados divulgados pela gestão João Doria (PSDB), foram registrado­s 12 acidentes no local, que deixaram 15 pessoas feridas em 2016, na gestão Fernando Haddad (PT).

É a segunda vez seguida que o cruzamento está entre os dez com maior número de acidentes com vítimas. Dos dez cruzamento­s líderes em acidentes com vítimas em 2016, quatro já estavam na lista no ano anterior.

Dono há 19 anos de um bar localizado em uma das esquinas do cruzamento, o comerciant­e Edson Oliveira Filho, 43 anos, diz que o número da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) é uma pequena amostra do que acontece no local. “Todos os dias tem batida de carro aqui. Tem vezes que chega a ter três no mesmo dia”, afirma. Os números da empresa levam em conta apenas os acidentes que são registrado­s por boletins de ocorrência e não levam em conta dados operaciona­is.

O cruzamento não tem um semáforo, apenas um sinal luminoso amarelo piscante para indicar aos motoristas que estão na rua Santa Rita que a preferenci­al é de quem está na João Boemer. Uma mensagem de “pare” pintada no asfalto também ressalta a preferenci­al. “Os avisos, no entanto, não são suficiente­s para os motoristas, que circulam em alta velocidade pelas duas ruas”, diz Oliveira. Ele mesmo já perdeu uma planta em um vaso de concreto que mantinha na esquina para evitar que algum carro desgoverna­do invadisse o bar. “Nos finais de semana, o problema é mais grave, porque não há congestion­amento”, afirma.

Próximo à zona cerealista, ao largo da Concórdia e à marginal Tietê, o cruzamento tem grande volume carros, caminhões e veículos de entrega, além de ônibus. A Santa Rita é um acesso à marginal.

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