Carille, Renato e as diversas formas de vencer no futebol
Cada um na sua onda, cada um na sua prancha, eu não vou mais no teu barco, tu não vem na minha lancha, cada um no seu cada um, deixa o cada um dos outros, se correr o bicho pega e se pegar é bicho solto... Alô, povão, agora é fé! O interminável Campeonato Brasileiro de pontozzz corridozzz está só no começo, pouco mais de um sexto do certame foi disputado, mas o sucesso do treinador Fábio Carille, no Corinthians, e do técnico Renato Gaúcho, no Grêmio, mostra, pela enésima vez, que futebol não é uma ciência exata e que se ganha e se perde das mais variadas formas.
Carille é estudioso, aprendeu muito como auxiliar de Mano Menezes e Tite, arma a equipe da defesa para o ataque e, a exemplo do treinador da seleção brasileira, não treina os reservas pensando nos adversários, mas usa todos os treinamentos para deixar todo o elenco preparado para exercer a função desempe- nhada por quem começa jogando.
Renato Gaúcho, boleirão provocador, do tipo que faz chacota com o estudo, melhorou muito o Grêmio que herdou de Roger Machado. Ele levou a equipe ao título da Copa do Brasil mantendo o legado que recebeu, mas acrescentando verticalidade e poder de definição à equipe, optando por jogar com centroavante.
Há vários estudiosos cascateiros por aí e boleirões que não ganham nada! Muito mais do que o estilo de jogo, importa a competência. Assim como os vitoriosíssimos Pep Guardiola e José Mourinho são a antítese um do outro, Carille e Renato Gaúcho, que, neste momento, fazem os dois melhores trabalhos no futebol brasileiro, não têm quase nada em comum. “Só” o fato de os respectivos grupos acreditarem em seus comandos.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!