Más ideias para as eleições
Desde que a Lava Jato escancarou o toma lá, dá cá entre os políticos e os empresários que doam dinheiro para as campanhas, ficou uma dúvida geral sobre como financiar as eleições daqui para a frente.
Em 2015, o Supremo Tribunal Federal considerou que as contribuições das empresas são ilegais. Restaram as possibilidades de usar dinheiro de pessoas físicas, que não é muita coisa, e do Orçamento público —isto é, de todos os contribuintes.
O certo a fazer seria criar regras e limites para todos os tipos de doação. E, claro, fazer campanhas mais baratas, sem os exageros de marquetagem que em geral servem para enganar a população.
Mas não dá para esperar boas ideias dos políticos.
Na comissão da Câmara que estuda a reforma política, uma das primeiras propostas foi fazer a eleição dos deputados por lista fechada: nesse sistema, a pessoa só vota no partido, que apresenta uma relação de candidatos.
Os eleitos seguem a ordem da lista, e a quantidade deles depende do número de votos que o partido conseguir.
Dizem que é um jeito de baratear as campa- nhas. Mas isso também tira do votante o direito de escolher quem achar melhor. Por isso, o plano não foi para a frente.
Agora estão falando em jogar mais dinheiro público na próxima eleição. Haveria um novo fundo de R$ 3 bilhões, além do já existente fundo partidário (de R$ 820 milhões anuais).
Era só o que faltava. Até parece que está sobrando grana no governo.
Para fazer uma campanha mais barata, bastaria encarar os eleitores e apresentar as propostas com clareza, sem atores nem efeitos especiais. Mas isso pouca gente quer fazer.