Agora

Empreender exige planejamen­to

Em um momento de desemprego em alta, usar a rescisão para investir é uma opção que requer cuidados

- (Renê Gardim) (RG)

Em agosto de 2016, Ricardo Ricci Azevedo, 55 anos, perdeu o emprego de mais de 20 anos. Preocupado em encarar um mercado em recessão e que sempre foi avesso a quem tem mais de 50 anos, ele viu na demissão uma oportunida­de para montar seu próprio negócio.

Azevedo não teve dúvidas, pegou a grana do acerto e o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Contribuiç­ão) e, como nunca empreendeu, decidiu procurar apoio em uma franquia. “Depois de estudar diversas possibilid­ades, optei pela área de limpeza e escolhi a Limpidus, que oferece suporte aos franqueado­s, além de ter uma carteira de clientes que é cedida a quem empreende. Ou seja, dá para começar a trabalhar assim que o contrato é assinado.”

Azevedo, que sempre trabalhou na área de vendas, investiu R$ 50 mil e já projeta usar seu conhecimen­to na nova atividade. “Irei buscar novos clientes para ampliar o negócio”, afirma ele.

O fato de poder contar com suporte no investimen­to foi o que deu segurança a ele. “Jamais começaria uma empresa do zero, pois não tenho conhecimen­to suficiente para fazer um negócio prosperar”, afirma o empresário.

Já Priscila Ageitos foi mais ousada. Assim que perdeu o emprego de executiva de negócios em uma empresa de comunicaçã­o decidiu investir a grana do FGTS na área de estética e saúde por conta própria. “Fiz um curso de estética e comecei a trabalhar em um salão. Mas vi que precisava fazer algo mais inovador”, lembra. Foi quando surgiu a oportunida­de de abrir o espaço Vida Saudável, que une estética, alimentaçã­o saudável, exercícios físicos e dietas. “Sou

O consultor do Sebrae-SP (serviço de apoio aos empreended­ores), Rui Soares de Barros, afirma que o primeiro passo para empreender é analisar a situação financeira. “Primeiro, é preciso levantar os gastos pessoais e familiares, como prestação consultora de beleza e autoestima”, resume.

Com investimen­to inicial de R$ 14 mil, Priscila conseguiu montar seu negócio. Ela lembra que foi difícil, mas da casa e do carro, e reservar uma parte do dinheiro para garantir esses pagamentos por pelo menos seis meses.”

Para quem quer mais segurança, a franquia é uma opção, mas também exige cuidados, segundo o consultor financeiro Júlio dos San- afirma que conseguiu resistir. “Procurei fazer cursos e estudar. Hoje, seis meses depois, já consigo ter um bom retorno em meu negócio.” tos. “Assim como em qualquer investimen­to, é preciso fazer um plano de negócios.”

Para quem busca empreender, a feira de franquias que ocorre de quartafeir­a até sábado, no Anhembi (zona norte), é uma oportunida­de de negócios.

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