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Pais procuram Defensoria Pública após espera de mais de um ano

- (FP)

A especialis­ta em gestão de recursos humanos Simone Cardoso, 33 anos, está desemprega­da desde o final da gravidez da pequena Lívia, de um ano e seis meses, e precisa voltar a trabalhar. Ela foi ontem à Defensoria Pública para tentar garantir uma vaga em uma creche no Jardim São Paulo, na região do Mandaqui (zona norte). “Sem ter vaga em creche não tenho como arrumar emprego, e estamos no vermelho.”

O marido dela, William Cardoso Lopes, 32 anos, está dirigindo para o aplicativo Uber desde que fechou a academia da qual era dono, há um ano e meio. “A crise me forçou a fechar. Minha mulher precisa conseguir trabalhar, e já estamos esperando uma vaga há sete meses, sem previsão para conseguirm­os”, disse Lopes.

A universitá­ria Elaine Franco, 23 anos, estava na defensoria à busca de uma vaga em creche nos Campos Elíseos, no centro, para a fi- lha Ana Clara, de sete meses. “Estudo direito pela manhã e quero estagiar à tarde. Preciso de uma vaga para deixar meu bebê na creche. A espera é de mais de um ano”, afirma Elaine.

A operadora de caixa Rose Helen Guilherme, 28 anos, mãe de Yago, de um ano e oito meses, está desemprega­da desde o final da gravi- dez e busca uma vaga para o filho em uma creche no Capão Redondo, na zona sul. “O único jeito de conseguir é buscar na Justiça a vaga”, falou Rose.

 ?? Robson Ventura/Folhapress ?? A universitá­ria Elaine Franco, 23 anos, com a filha Ana Clara, de sete meses; para fazer estágio, estudante de direito depende de vaga em creche para a bebê
Robson Ventura/Folhapress A universitá­ria Elaine Franco, 23 anos, com a filha Ana Clara, de sete meses; para fazer estágio, estudante de direito depende de vaga em creche para a bebê

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