Briga pela ponta tem duelo de técnicos
Fabio Carille, 43, começou como meia-atacante no futebol de base em Sertãozinho. Foi recuando, recuando e terminou a carreira como zagueiro, para surpresa dos seus amigos mais antigos. Renato Gaúcho, 54, começou como atacante, encerrou a carreira na mesma posição e hoje, como técnico, mantém a característica ofensiva.
Os dois, portanto, representam opostos. Carille é discreto, toma o máximo cuidado para não dizer nada de explosivo para a imprensa. Quase morde as palavras antes que estas saiam pela sua boca. Renato Gaúcho, espalhafatoso, declaradamente mulherengo e folclórico, passa a imagem contrária.
No entanto, dentro dos clubes que trabalham, eles não são tão diferentes assim.
“O Renato é, sim, uma pessoa interessada. Ele acompanha jogos pela televisão e tem preocupação em saber do time adversário. O time do Grêmio é bem armado, bem montado”, afirma Valdir Espinosa, coordenador técnico da equipe gaúcha.
“Carille sabe tudo o que acontece em campo. Tem uma percepção enorme sobre o que a equipe pode produzir. Quando o Corinthians entra em campo, tem consciência do que deve fazer”, afirma o atacante Jô.
Será interessante, portanto, ver como os dois técnicos vão se comportar esta tarde no mais aguardado jogo do Campeonato Brasileiro até esta décima rodada. Ainda mais com a liderança do torneio em jogo no duelo de Porto Alegre.