Justiça aceita denúncia de superfaturamento em contratos da CPTM
A Justiça de São Paulo aceitou denúncia na qual o Ministério Público afirma que a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) superfaturou em R$ 538 milhões seis contratos de manutenção e reforma de trens, assinados em 2012 e 2013, durante a gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Passaram à condição de réus 15 acusados, incluindo o ex-presidente da CPTM Mario Bandeira e três diretores que continuam trabalhando na companhia.
Executivos das empresas CAF, Trail Infraestrutura, Termoisa e MGE também vão responder na Justiça. Segundo a acusação, o superfaturamento ocorreu em contratos de R$ 1,76 bilhão, em valores atualizados. Porém levantamento feito pela reportagem indica que a acusação contém erros sobre os valores pagos para reforma e manutenção de trens. O levantamento contabilizando valores pagos entre 2013 e março deste ano, foi confirmado pela empresa pública.
Em 2012, foram registradas 7.717 falhas por quilômetros rodados, um indicador da qualidade dos trens e da manutenção. No ano passado, foram 5.947.
Outro lado
A CPTM diz que não houve superfaturamento. O advogado Marco Antonio Nahum, defensor de Bandeira e dois diretores, diz que a acusação contém equívocos.