Agora

Ncontro de gerações

Ao lado de jovens sucessos do sertanejo, Trio Parada Dura lança CD e DVD gravado em uma embarcação

- (Soraia Gama)

Dono de canções que embalaram diferentes gerações, o Trio Parada Dura canta ao lado de jovens sertanejos no CD e DVD ao vivo “Chalana, Churrasco e Viola”, lançado agora. As participaç­ões especiais ficaram por conta de Marília Mendonça, Eduardo Costa e Zé Neto & Cristiano (leia ao lado). Especial também foi o cenário escolhido para esse trabalho. Tudo foi feito durante três dias de passeio em uma chalana (espécie de embarcação), cruzando o Lago de Furnas, em Capitólio (MG). “Já gravei pelo Brasil afora, mas nunca tinha passado por isso. Foi maravilhos­o!”, diz Creone, um dos fundadores do trio, que divide o palco com Xonadão e Parrerito.

Apesar de serem donos de sucessos como “Andorinha”, “Telefone Mudo” e “Fuscão Preto”, esse é apenas o terceiro registro em vídeo dos sertanejos —o DVD que marcou os 40 anos de estrada foi gravado em 2013, com show no estádio do Atlanta, em Goiânia. Também contou, na época, com convidados especiais, como Bruno & Marrone, Di Paullo & Paulino, César Menotti & Fabiano e Cristiano Araújo (19862015), entre outros. “Lá foi incrível, é claro. Mas na chalana foi muito diferente, em um lugar lindo demais. Fizemos a parte da manhã, da tarde e da noite, que foi o churrasco com pingaiada”, diverte-se Creone.

Bem-humorado aos 77 anos, ele diz possuir energia de sobra para encarar a agenda de shows. “Tenho alegria e saúde, graças a Deus. Às vezes, saímos em viagem na quarta e voltamos só na segunda. Quando perguntam se estou cansado, digo que jovem não se cansa”, brinca ele, que, depois de tantos anos na estrada, vai participar pela primeira vez do “Domingão do Faustão” (Globo) neste domingo. “Nunca tivemos essa oportunida­de. Mas tudo tem sua hora. Ficamos muito felizes.”

No palco, o show dura uma hora e meia. “É muita música que pedem para a gente.” E, na estrada, a turma é grande. “Temos o ônibus que leva 32 pessoas da equipe. Agora temos até bailarinas. Mas estamos meio preguiçoso­s, pois temos banda. Tocar mesmo só o Xonadão. Ele diz que aprendeu tudo com o Mangabinha [músico da formação original que morreu em 2015]. E ficou tão bom quanto ele.”

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