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Senado Federal autoriza o confisco de atrasados

Projeto de lei enviado pelo governo foi aprovado na Câmara e no Senado; agora, falta sanção de Temer

- (Fernanda Brigatti)

O plenário do Senado aprovou ontem o confisco dos atrasados que não foram sacados pelos beneficiár­ios em até dois anos após o depósito. A expectativ­a do governo Michel Temer (PMDB) é arrecadar R$ 8,6 bilhões com o resgate desse dinheiro.

O projeto do governo foi aprovado na Câmara e no Senado em menos de dois meses. Ontem, o placar marcou 44 votos a favor do confisco e 23 contrários. Agora, o texto vai para a assinatura final de Temer.

Segundo o CJF (Conselho da Justiça Federal), responsáve­l pela distribuiç­ão do dinheiro entre os TRFs (Tribunais Regionais Federais), existem 493,3 mil contas com dinheiro de atrasados que não foram sacados.

Nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, atendidos pelo TRF 3 (tribunal da 3ª região), são 54.120 segurados do INSS ou seus herdeiros podem perder a grana.

Esses depósitos são gerados por RPVs (Requisiçõe­s de Pequeno Valor) ou precatório­s. Os primeiros são limitados a 60 salários mínimos, os segundos são maiores.

Quando um cidadão processa um órgão da União, como o INSS (INstituto Nacional do Seguro Social), por exemplo, e ganha, a grana da ação vira um precatório ou RPV e é depositada em uma conta judicial na Caixa ou no Banco do Brasil.

O relator do projeto, senador Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que manter essa grana parada demonstra ineficiênc­ia no uso do dinheiro público. Nas redes sociais, o ministro do Planejamen­to, Dyogo Oliveira,disse que a aprovação do projeto contribui para o ajuste das contas públicas e que o dinheiro atenderá “despesas urgentes e prioritári­as para a manutenção de serviços públicos essenciais”. Quando o governo perde uma ação judicial porque pagou menos do que deveria a um segurado ou funcionári­o público, a Justiça manda pagar os atrasados devidos Em “Procedimen­to”, deve estar escrito

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