Justiça mantém prisão de Geddel Vieira, que chora
O juiz da 10ª Vara Federal em Brasília, Vallisney Oliveira, decidiu ontem manter a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso preventivamente desde segunda-feira por suspeita de tentar atrapalhar investigações.
Vídeo da audiência com o juiz mostra que o ex-ministro de Temer chorou no final, após o magistrado negar o pedido de sua defesa para que ele deixasse a cadeia.
A prisão foi decretada no âmbito de um processo que investiga desvios na Caixa entre 2011 e 2013, quando Geddel era vice-presidente de pessoa jurídica do banco.
Também são investigados no caso o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o corretor de valores Lucio Funaro, ambos presos.
Geddel, um dos ex-ministros mais próximos de Michel Temer, foi preso preventivamente acusado de tentar atrapalhar as investigações.
Na audiência, Geddel disse ter “crença inabalável, con- vicção” de que não tomou nenhuma atitude que pudesse ser considerada obstrução da Justiça.
Questionado, ele admitiu que conversou com a mulher de Funaro, por telefone, cerca de dez vezes de um ano para cá, mas disse que nunca tratou de assuntos ilícitos nem perguntou sobre a si- tuação financeira dela.
O ex-ministro disse que geralmente retornava ligações feitas por Raquel, e que as conversas, rápidas, eram triviais. “Como vai? Tudo bem? Como é que está a família?”, disse Geddel.
Ele afirmou ainda que, no último ano, não teve qualquer contato com cunha.