LLava JJatto perde força-tarefa
Polícia Federal encerra grupo exclusivo em Curitiba, no Paraná, e diz que delegados e agentes passam a integrar divisão contra corrupção na superintendência, em Brasília
A Polícia Federal encerrou, nesta semana, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba (PR) —ou seja, o grupo de delegados e agentes dedicados exclusivamente à operação.
Em nota, a instituição informou que os policiais passarão a integrar a Delecor (Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas), dentro da própria superintendência da PF.
Eram quatro delegados e mais um grupo de agentes, dedicados exclusivamente à Lava Jato em Curitiba.
A medida, segundo a PF, “prioriza ainda mais as in- vestigações de maior potencial de dano ao erário”, e aumenta o efetivo dedicado ao combate à corrupção.
Cada um delegado possuía cerca de 20 inquéritos, segundo a PF — um número elevado na comparação com o auge da força-tarefa, que chegou a reunir 11.
Com a mudança, informa a nota, a carga de trabalho será reduzida e distribuída entre outros policiais da Delecor, que reúne 70 pessoas.
“Nenhum dos delegados atuantes na Lava Jato terá aumento de carga de trabalho, mas, ao contrário, ela será reduzida”, diz a PF.
Para a instituição, o número de policiais na sede do Paraná “está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade”.
Repercussão
Integrantes disseram à reportagem que a mudança foi “administrativa”, para compensar a redução no efetivo.
O problema ocorre há alguns meses, por questões orçamentárias e pela demanda maior em outros Estados.
“A força-tarefa da Polícia Federal na Operação Lava Jato deixou de existir. Não há verbas para trazer delegados. Mas, para salvar o seu mandato, Temer libera verbas à vontade”, afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.