Elenco em xeque
As posições de meia, centroavante e lateral esquerdo são carentes no grupo para o estilo que é usado por Cuca
O drama vivido por Guerra anteontem, com seu filho internado, escancarou um problema de reposição de peças do elenco alviverde. Considerado um dos principais grupos do país, o time sentiu dificuldade para suprir a ausência do meia.
Cuca não escondeu, após o jogo contra o Barcelona-EQU, que o Verdão sentiu falta da dinâmica de jogo de Guerra. O técnico, contudo, descartou que a derrota alviverde por 1 a 0, em Guayaquil, tenha ocorrido por causa de um abalo emocional do time.
Isso porque o filho do meia venezuelano se afogou na piscina da casa do atleta, anteontem, e foi socorrido por bombeiros. O garoto, de 3 anos, segue internado no Hospital Albert Einstein.
Por causa disso, Guerra foi liberado para voltar às pressas a São Paulo e não atuou diante dos equatorianos.
E enquanto a delicada situação do filho não for resolvida, ele seguirá de fora.
A situação do garoto causa apreensão por causa da falta de informação sobre a sua situação. Em contato com a reportagem, a assessoria do hospital informou que não seria divulgado boletim médico a pedido da família. A última notícia, dada anteon- tem pelo Verdão, dizia que o quadro é estável.
No Equador coube a Zé Roberto o papel de substituir o meia, mas o veterano, de 43 anos, não tem características parecidas com a do venezuelano, que dita o ritmo e é participativo a todo tempo.
Posições carentes
Além da falta do meia, outras posições também mostraram carência, como, por exemplo, a de centroavante.
Borja ganhou outra chance, mas não dá mostras de que vá se encaixar ao estilo de jogo armado por Cuca, que pede um atleta com maior mobilidade fora da área. Willian, artilheiro do clube no ano, com 11 gols, tem quebrado o galho na posição. Enquanto isso, o clube ainda tenta contratar.
Richarlison, do Flu, e Diego Souza, do Sport, entraram na mira. O primeiro já está descartado. O segundo, caso jogue no final de semana, terá feito sete partidas pelo Sport e não poderá mais jogar o Brasileiro por outro clube, o que inviabiliza o negócio.
Outra posição carente é a de lateral esquerdo. Cuca não possui ninguém na posição com característica para atacar e defender. Egídio é bom ofensivamente, mas, na visão da comissão técnica, não marca bem.
Juninho, zagueiro de origem, joga por ali, mas tem força só na marcação. Já Zé Roberto vem sendo usado no meio.