Boatos aborrecem Beale
O auxiliar técnico inglês Michael Beale, que trabalhou no São Paulo ao lado de Rogério Ceni, deixou o clube três dias antes do treinador.
Em entrevista ao Agora, ele comentou que está chateado porque há muitas versões sobre a sua saída. Algumas pessoas disseram que a família dele não estava feliz no Brasil e que ele havia parado de ter aulas de português.
“Fiquei desapontado, não foi justo. Não é verdade que minha família não estava feliz”, explicou. A mulher e os filhos tiveram de voltar à Europa após excederem os três meses do período do visto.
“A questão da linguagem, de não falar português com os jogadores, também não é verdade. Eu nunca tive aulas de português no Brasil. Nunca parei porque nunca comecei. Aprendi conversando com as pessoas no dia a dia. Se você viu os treinos e os jogos, sabe que eu me comunicava em português. Quando saí, mandei mensagem para cada um deles [atletas] desejando sucesso pessoal e como grupo.”
De volta à Europa, Beale acreditava que Ceni fosse comandar o Tricolor pelo menos até o fim do ano. “Isso foi o que me falaram quando eu pedi a demissão, antes do jogo contra o Flamengo.”
O ex-auxiliar de Ceni comentou que as saídas de jogadores prejudicaram o projeto, mas torce para que o São Paulo recupere a ofensividade do começo do ano.
“O nível dos adversários aumentou. Isso, aliado a vendas e lesões, fizeram com que o ritmo do time caísse. Confio muito em Denilson, Marcinho e Lucas Fernandes para carregar o ataque com o novo treinador. São jovens e com muita fome de sucesso.”
Para finalizar, Beale não descartou trabalhar novamente em um clube brasileiro. “Eu conversei com algumas pessoas e é possível que eu retorne. O tempo no Brasil foi maravilhoso para mim e a minha família. As pessoas foram ótimas, adoramos o estilo de vida. É um país especial e com muitas coisas bolas”, finalizou o inglês.