JJogo de tttaccco une gerações e já tem até campeonato
Brincadeira de rua que lembra o críquete e o beisebol ganha novos fãs graças ao incentivo de pais
Dois bastões, duas garrafas PET e uma bolinha de tênis já bastam para reviver uma brincadeira de infância: o taco. A tradição é repassada de pais, entusiasmados por lembrar o passado, para filhos, que largam seus celulares pela novidade.
Para não deixar a tradição morrer, os fãs do esporte organizaram o 1º Torneio de Taco de Rua da Zona Norte, cuja final acontece no dia 29 de julho, no Estádio Municipal de Beisebol Mie Nishi, na marginal Tietê, no Bom Retiro (região central de SP).
A brincadeira, popular entre os anos de 1970 e 1980, e que persistiu nas duas décadas seguintes com menos força, ainda pode ser vista em algumas ruas da zona norte da capital, onde a tradição se mantém.
“A nostalgia é forte. Mas a brincadeira não deixa de ser competitiva. Tem criança que perde o jogo e até chora. É uma paixão para qualquer idade”, diz Márcio Fernandes, 45 anos, proprietário da loja Mulek de Rua, especializada em kits para o esporte, no Imirim (zona norte).
Na mesma região, mas no bairro Horto Florestal, o vendedor de impressoras 3D Paulo Robson Silva, 40 anos, afirma que já começou a passar os ensinamentos do jogo para a filha, Larissa Portes, 8 anos. “Eu jogava quando criança e há pouco tempo, depois de anos, voltei a jogar. Estou mostrando à minha filha as brincadeiras da minha infância, porque criança também pergunta dessas coisas”, afirma.
Equipamento
O kit completo para jogar taco (dois tacos, duas casinhas e uma bola de tênis) custa, em média, R$ 70.
Mas a maioria dos jogadores, desde os anos 1970, acaba improvisando para a diversão começar.
Improvisar o equipamento para jogar taco é parte da brincadeira, segundo o microempresário Roberto Faria Gonçalves, 49 anos, que costumava jogar também nas ruas do bairro Horto Florestal quando criança.
“Costumo jogar na praia com meus sobrinhos. Pegamos pedaços de pau e montamos quatro tacos, para fazer duas duplas. Arrumamos as madeiras para fazer as casinhas e pegamos uma bola de tênis. É muito divertido”, afirma Gonçalves.