Pensão a veteranos de 1932 custa R$ mmiill por mês
Mais de 1.400 pessoas, entre combatentes e viúvas ou dependentes, como filhas solteiras, recebem pensão vitalícia do Estado; 18 ex-participantes estão vivos, diz associação
A Revolução Constitucionalista completa 85 anos hoje e o Estado de São Paulo ainda recebe pedidos de reparação.
Mais de 1.400 pessoas ganham atualmente pensão vitalícia do governo de São Paulo por conta da revolta.
Uma lei de 1978 determina o pagamento pelo Estado da pensão a “participantes civis da revolução”, que soma despesas ao Estado de cerca de R$ 900 mil ao mês (em 2016 foram pagos R$13,2 milhões). A maioria dos benefícios pagos tem o valor de R$ 720 mensais.
Segundo a Secretaria da Fazenda, entre os beneficiários, há 62 combatentes e 1.377 viúvas e dependentes dos veteranos que atuaram na revolução.
Em caso de morte do beneficiário, a pensão é repassada à viúva. Filhas solteiras de participantes da Revolução que morreram até 1992 também recebem.
A sociedade Veteranos de 32/MMDC, que promove eventos em memória ao movimento, contabiliza 18 exparticipantes da Revolução ainda vivos.
O presidente da entidade, Mário Ventura, diz que são idosos de saúde muito frágil.
A entidade, fundada em 1954, é uma das principais fontes de informações para uma comissão do governo estadual que analisa os pe- didos de pensão.
Integrantes da comissão, que incluem uma procuradora da Procuradoria-Geral do Estado, checam documentos, como os do Arquivo Público, de museus e bibliotecas pelo Estado, para identificar se a pessoa foi incluída em relações de participantes da revolução.
Com base nessas informações, a comissão, hoje ligada à Secretaria da Fazenda, dá um parecer.
Em fevereiro e março, despachos do governador Geraldo Alckmin (PSDB) reconheceram cinco pedidos de pensão especial e negaram outros quatro.
Desfile
O desfile em homenagem aos ex-combatentes ocorre hoje, às 10h, próximo ao Obelisco, em frente ao parque Ibirapuera.