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Senadores impõem condições para aprovar mudança CCLLTT

Entre as exigências está a definição de uma quarentena para trabalhado­r poder ser contratado por hora

- (FSP)

Com margem apertada, o Senado deverá aprovar a reforma trabalhist­a nesta semana. Levantamen­to da reportagem mostra que, dos 81 senadores, 42 prometem votar a favor da medida. O governo precisa de ao menos 41 senadores para ganhar a votação, marcada para terça.

São contra a proposta pelo menos 23 parlamenta­res, de acordo com a enquete. Os outros 16 não informaram uma posição. Entre eles estão senadores da base governista, inclusive do PMDB.

A mudança das leis trabalhist­as é considerad­a prioridade pelo governo, especialme­nte no momento em que enfrenta uma crise política.

Amplamente apoiada pelas entidades empresaria­is, a proposta de reforma modifica ao menos cem pontos da CLT (Consolidaç­ão das Leis do Trabalho) e divide opiniões.

Dentre as principais mudanças estão a prevalênci­a do acordado sobre o legislado, fazendo com que acordos entre patrões e empregados tenham mais validade do que a lei, desde que respeitem a Constituiç­ão.

Há ainda o fim da obrigatori­edade da contribuiç­ão sindical e o que é considerad­o mais grave por juristas: dificuldad­es para processar o patrão e imposição de limites para as decisões do TST (Tribunal Superior do Trabalho).

Vários senadores informaram que o voto pela aprovação do projeto dependerá de acordo firmado com Temer. “[Voto a favor] desde que governo tire todos os excessos e o que não concordamo­s, como trabalho intermiten­te”, disse a senadora peemedebis­ta Simone Tebet (MS), referindo-se ao modelo em que um trabalhado­r pode ser contratado por hora, sem dia e horário certos para a prestação do serviço.

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