Aposentada pode perder benefício
O órgão estadual responsável pelas aposentadorias dos servidores exige uma prova de vida anual
O administrador de empresas José Mauro Clemon de Línica, 57 anos, diz que a SPPrev, órgão estadual responsável por aposentadorias e pensões de servidores públicos de SP, exige, todos os anos, a realização da prova de vida de sua mãe, Izaura Clemon Flaminio, 84 anos.
A dificuldade, porém, é a exigência feita pela SPPrev para a realização do atendimento residencial, em que um funcionário do órgão vai até a casa do servidor aposentado para comprovar que, de fato, ele está vivo e continuará recebendo o benefício.
Esse laudo precisa ser feito no Hospital do Servidor. “A SPPrev exige laudo médico todos os anos para efetuar agendamento de visita domiciliar afim de realizar o recadastramento.” Ou seja, para fazer a prova de vida domiciliar, a aposentada precisa ser retirada de casa.
Línica explica que a situação se agrava porque a mãe tem mal de Parkinson, DMRI (Degeneração Macular Relacionada a Idade) e sofreu uma fratura na perna recentemente, que dificulta sua locomoção, tornando a exigência de ir ao hospital exaustiva. “Todo este quadro pode ser comprovado justamente em visita domiciliar.”
Em resposta aos questio- namentos do Agora, A SPPrev informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o recadastramento é um procedimento obrigatório a todos os aposentados e pensionistas. “A fim de possibilitar o recadastramento de aposen- tados e pensionistas impossibilitados de locomoção, a SPPrev disponibiliza o recadastramento domiciliar”, mas exige a apresentação de um laudo para provar essas dificuldades, segundo o órgão.