Conhecer leis e liderança são essenciais aos novos
Cresce o número de pessoas que assumem o cargo de síndico pela primeira vez nos condomínios
O número de síndicos novos cresceu neste ano. Segundo levantamento da Lello, administradora de condomínios, de janeiro a abril, 35% dos condomínios elegeram síndicos novos. No ano passado, foram 31% no mesmo período.
Mas, ser síndico não é uma tarefa tranquila, segundo quem trabalha no mercado. “Ser síndico não é apenas atender o vizinho que reclama de barulho. O Código Civil tem as atribuições do síndico. Ele tem que saber também que pode responder criminalmente por não cumprir suas obrigações legais”, diz Marcos Braga, sócio da MB7 Gestão de Condomínios.
O técnico de vela e coordenador náutico Marco Del Porto, 31 anos, assumiu no final do ano passado o cargo de síndico de seu condomínio, no Itaim Bibi (zona oeste de SP). “Eu tinha um envolvimento bom no prédio e foi mais por incentivo de alguns moradores. Eu tenho um trabalho no clube, que tem muito a ver com o formato de liderança com pessoas”, diz Porto, que admite ter tido uma certa preocupação no início, mesmo tendo sido subsíndico. “Eu tinha mais preocupação com a parte jurídica, me envolver com as leis, com a convenção. Até hoje estou aprendendo.”
A relação com os moradores também é essencial para uma boa gestão. Caso contrário, as dificuldades serão maiores. “Tem que gostar de se relacionar com pessoas, não pode se isolar dos moradores. É necessário ter um bom canal de comunicação, ouvindo críticas e sugestões. Precisa de jogo de cintura”, diz a advogada e síndica profissional Cristina Carner. “Deve deixar bem transparente a gestão de síndico”, completa.