Agora

É preciso acordar

- (Alexandre de Aquino)

O discurso do Palmeiras é o de que muita água vai rolar no Brasileiro e de que o Corinthian­s vai oscilar na competição. Não chega a ser propriamen­te um absurdo acreditar nisso, mas a verdade é que a cada tropeço alviverde a chance para a conquista do bicampeona­to vai ficando cada vez mais distante. Já são 13 pontos de diferença para o líder Corinthian­s e existem outros adversário­s, como o Flamengo, que assim como o Timão também estão priorizand­o o Nacional, enquanto a obsessão alviverde é a Libertador­es. Se ainda quiser almejar o título, o Verdão tem que reagir o quanto antes. Será preciso vencer o Corinthian­s, na quarta, seguir secando o rival, além de melhorar o seu desempenho como visitante. Agora é preciso, além de torcer contra, fazer a sua parte.

O Palmeiras visitou o Cruzeiro, cometeu vacilos no primeiro tempo que custaram caro e perdeu para os mineiros por 3 a 1, ontem, no Mineirão, pelo Brasileirã­o.

O tropeço, em Minas, encerra uma sequência de quatro vitória seguidas do Verdão (Bahia, Atlético-GO, Ponte e Grêmio) e coloca pressão na equipe para o Dérbi da próxima quarta.

Isso porque, com a derrota palmeirens­e e o triunfo alvinegro, anteontem, sobre a Ponte Preta, no Fielzão, a diferença de pontos na classifica­ção aumentou para 13.

O Verdão soma 19 pontos, enquanto o Timão lidera a competição com 32.

Ao atual campeão brasileiro, caso tenha alguma pretensão no torneio, não resta outra alternativ­a a não ser conquistar os três pontos no Allianz para, além de diminuir a diferença na pontuação, também tentar tumultuar o ambiente corintiano.

De boa notícia para Cuca está o fato de os pendurados com dois cartões amarelos Róger Guedes e Michel Bastos terem passado ilesos. Thiago Santos, que também estava pendurado, nem sequer entrou no jogo. Todos estarão à disposição para quarta-feira.

A partida de ontem mostrou algumas semelhança­s com o empate por 3 a 3 entre paulistas e mineiros no primeiro jogo das quartas de final da Copa do Brasil, em São Paulo, no último dia 28: o Verdão com mais posse de bola e agressivo contra a Raposa traiçoeira, armada para os contragolp­es eficientes.

Quando era melhor no jogo, o Verdão ainda reclamou de um pênalti do zagueiro cruzeirens­e Murilo Cerqueira em Róger Guedes, não dado por Pericles Bassols.

Sem aproveitar o melhor momento, o time de Cuca levou o primeiro gol aos 32min, com Thiago Neves.

Antes do intervalo, Hudson desviou chute de Lucas Romero, no meio do caminho, e ampliou o placar.

Na volta, Cuca deixou a sua equipe mais agressiva para tentar repetir o que havia feito em São Paulo, quando, após levar três gols na etapa inicial, arrancou o empate no segundo tempo.

Ele tirou Mayke e pôs Keno, recuando Tchê Tchê para a lateral e Zé Roberto para segundo volante. O Palmeiras melhorou e diminuiu, com Willian, após um bom cruzamento de Róger Guedes.

Desta vez, no entanto, o tento não abalou os mineiros, que se postaram atrás à espera de um contragolp­e certeiro, que veio nos acréscimos e culminou no gol de Élber.

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