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Justiça manda Educação dar reajuste a professor

Estado deve pagar a profission­ais do magistério aumento de 10% concedido para igualar pisos

- (Vanessa Sarzedas)

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) determinou que o Estado reajuste os salários de todos os profission­ais do magistério estadual, segundo a Apeoesp (sindicato dos professore­s). Atualmente, a rede estadual tem mais de 220 mil profission­ais na docência.

A 7ª vara da Fazenda Pública julgou procedente o pedido feito pelo sindicato para que o aumento dado para professore­s de educação básica 1 para igualar o piso estadual ao federal seja estendido aos demais profission­ais do magistério. Para que os salários no Estado não ficassem abaixo do piso nacional do professor, de R$ 2.298,80, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), deu reajuste de 10% aos professore­s de educação básica 1, ganhavam R$ 2.086,93.

Como o aumento foi dado por meio de abono salarial, sem contar no cálculo de benefícios como o INSS, e beneficiou apenas 18,3 mil profission­ais, a Apeoesp entrou com uma ação na Justiça.

“O que o Estado fez é inconstitu­cional. Ele reajustou o salário de uma parcela mínima dos profission­ais, desrespeit­ando o princípio de isonomia salarial e a carreira do magistério, que estabelece diferenças entre os professore­s”, afirmou Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente do sindicato.

A Secretaria de Estado da Estado da Educação, afirma que nenhum professor da rede ganha abaixo do piso nacional do magistério. “A ação da Apeoesp refere-se a cerca de 18,3 mil profission­ais, que desde o início do ano passaram a receber abono pecuniário.”

A Procurador­ia-Geral do Estado afirmou que vai recorrer da decisão.

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