Técnico conversa com seu elenco
Dorival pede para que Tricolor deixe de lado as negociações para se concentrar na reação urgente no Brasileiro
No primeiro trabalho pelo São Paulo, Dorival Júnior foi para o campo com os jogadores e reuniu o grupo no campo, inclusive os que estão em recuperação no Reffis (Gilberto, Maicosuel e Denis).
A primeira conversa oficial durou cerca de 15 minutos e contou também com membros da comissão técnica.
Depois, os titulares fizeram trabalho regenerativo, enquanto o novo treinador comandou o treino para os reservas. O meia Cueva, que não foi relacionado no clás- sico, atuou normalmente.
Dorival gesticulou e orientou bastante os jogadores. Depois de um trabalho físico, ele comandou treinos técnicos em campo reduzido.
Hoje à tarde, o comandante terá pela primeira vez todos os atletas à disposição. Ele seguirá o seu antecessor com treinos fechados.
O Tricolor tenta iniciar sua recuperação no Brasileiro nesta quinta- f eira, às 19h30, em duelo contra o lanterna Atlético-GO, no estádio do Morumbi.
Divisor de águas. Assim o São Paulo definiu o dia de ontem para a história do clube. O técnico Dorival Júnior, de 55 anos, pega o Tricolor em 19º lugar no Brasileirão.
A estreia será nesta quinta-feira, contra o AtléticoGO, às 19h30, no Morumbi.
Mesmo sem muito tempo para trabalhar, pois terá dois jogos por semana em seu primeiro mês no clube, o extreinador do Santos tem como desafio não só fazer o time sair da zona da degola, mas melhorar o rendimento.
Para começar, Dorival quer o fim das conversas sobre mercado. Ele sabe que o Tricolor tem mais dois reforços chegando (leia mais abaixo) e que pode perder Rodrigo Caio, mas está satisfeito com o grupo de que dispõe.
“Precisamos cessar um pouco as conversas de entradas e saídas, porque isso quebra e muito a confiança de um elenco”, afirmou.
Ao lado do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e do diretor de futebol, Vinícius Pinotti, o técnico comentou sobre o desafio.
“Eu vou procurar fazer meu melhor pelo São Paulo. Confio no trabalho e no elenco que o São Paulo possui. É uma responsabilidade grande, eu reconheço. Que possamos estar fortalecidos para este momento e preparados para uma condição que não é fácil”, disse.
“É bom. Naturalmente que, como todo elenco, dentro das necessidades, do momento do mercado, pode e deve ser melhorado. Mas temos de, acima de tudo, acreditar no que temos. Precisamos cessar um pouco as conversas de entradas e saídas, porque isso quebra e muito a confiança de um elenco. Vamos observar também o que temos dentro da nossa casa. O trabalho que vinha sendo desenvolvido pelo Rogério era elogiável nesse sentido, buscando o que o São Paulo tinha de melhor. Temos de dar atenção e ter a consciên-
“Ainda não tivemos uma conversa sobre ele, mas é obrigação de todo treinador [recuperá-lo]. Ele é um profissional e tem a obrigação de se sentir motivado.”
“Pretendo falar com ele. Não preciso falar a respeito da história dele, tenho um carinho muito grande. É um profissional que sempre foi exemplar. Eu quero falar, até pela pessoa que é, pelo profissional que foi e pelo respeito que tenho por ele.”
“Isso tudo vai acontecer de uma maneira natural. O principal é focarmos no que temos aqui, readquirirmos a confiança e, a partir daí, as observações se intensificam. Já está existindo uma aproximação grande. Teremos, não talvez nesse período inicial, a tranquilidade de observar um pouco mais. A integração vai continuar.”
“O campeonato é diferente dos demais. É um campeonato de recuperação e exigirá muito mais do que temos visto até então de cada um de nós. É uma divisão de responsabilidade. Temos de buscar o emergencial, mas tentando conscientizar e fazer correções importantes. Acima de tudo, resgatar a confiança de cada jogador para que tenhamos atuações mais consistentes.”
“Passo a me responsabilizar daqui para frente. Teremos longo período preenchido. Espero que passemos por ele de maneira positiva, que façamos correções rápidas para que, nos jogos seguintes, tenhamos, resposta. Neste instante, saindo de uma partida para outra, temos de tentar intensificar de uma outra forma, buscando trabalhos que se encaixem nesses momentos.”