Agora

Aliados podem fazer novas trocas na CCJ

- (FSP)

A base governista apresentou dois votos paralelos que recomendam a rejeição da denúncia. O objetivo é derrubar o parecer do relator.

Os aliados do presidente Michel Temer querem aprovar na CCJ da Câmara um desses votos, com o objetivo de facilitar o arquivamen­to da denúncia no plenário.

Um desses pareceres para- lelos, apresentad­o em nome da bancada do PMDB, afirma que a Procurador­ia-Geral da República não apresenta “quaisquer elementos que indiquem” que Temer se beneficiou dos R$ 500 mil recebidos por seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures.

O documento é assinado por oito dos 18 deputados do partido que integram a CCJ.

Segundo o presidente da comissão, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), votos em separado são lidos, mas não necessaria­mente votados.

Se o parecer de Zveiter for derrotado, Pacheco escolhe, na mesma sessão, um relator que tenha posição contrária ao documento rejeitado.

Este novo relator pode apresentar um novo parecer ou adotar um já apresentad­o. A ideia inicial do governo é utilizar o texto do PMDB.

Com as manobras para acelerar o tramite do processo na comissão, a estratégia do governo é liquidar a votação dentro da CCJ amanhã e levar o relatório ao plenário no dia seguinte. Independen­te do resultado no colegiado, a votação no plenário da Câmara é necessária.

A base governista ainda estuda fazer novas substituiç­ões na comissão, para barrar deputados que podem votar contra o presidente.

O PP pode trocar Esperidião Amin (SC), que manifestou intenção de votar pelo prosseguim­ento da denúncia.

A oposição chegou a acionar o STF, pedido um man- dado de segurança, para tentar suspender as 20 substituiç­ões feitas na CCJ pela base governista nas últimas semanas para tentar formar maioria a favor de Temer.

No entanto, a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, já negou a solicitaçã­o e afirmou que o assunto é uma decisão exclusiva do Poder Legislativ­o.

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