Atriz buscou referências em pintores e arte
Para dar vida à cientista Isaura, que chega para encantar o coração do príncipe dom Pedro (Caio Castro), em “Novo Mundo” (Globo), a atriz Priscila Steinman conta que foi buscar referências em diversas áreas, sobretudo na da pintura.
“Isaura é uma mulher de vanguarda. Pesquisei referências na pintura. Observei quadros do Johannes Vermeer [1632-1675], artista holandês que acho que se relaciona com a construção estética e a temperatura dessa dramaturgia. Ele imprime em suas obras certo jogo de cena que achei interessante para a ambientação da personagem. Além disso, claro, me inspirei em obras de Jean-Baptiste Debret [17681848], francês que foi a referência de todas as frentes artísticas da novela”, destaca.
A atriz interpreta uma mulher bem à frente de seu tempo, fato que leva dom Pedro a se apaixonar. “Quando realizei a prova de figurino, conheci muito da Isaura. Sua personalidade está refletida em como ela se apresenta. Por exemplo: sua irreverência se mostra no fato de usar calça e blusa [nada comum para mulheres daquela época]. A inventividade e a feminilidade dela se traduzem em seus brincos, que são experimentos estéticos, e assim por diante”, explica a atriz.
Além de todas as referências, Priscila conta que uma outra personagem interpretada por ela a ajuda a entender melhor os anseios e a personalidade de Isaura. “Para mim, retratar esse arquétipo é muito pertinente, até porque estou atuando em um monólogo no teatro, chamado ‘Rita Formiga’, de Domingos Oliveira. A personagem-título que interpreto também é uma mulher livre e sensacional”, afirma a atriz. A peça está em cartaz no Rio de Janeiro até o fim do mês de julho.