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Ciclovias são pouco usadas, afirma tribunal

- (TC)

As ciclovias de duas ruas no Morumbi (zona oeste de SP) estão ociosas, segundo relatório do TCM (Tribunal de Contas do Município) realizado em junho, após reclamaçõe­s de moradores do bairro.

De acordo com o documento, cerca de cem moradores solicitara­m a remoção das ciclovias implantada­s na avenida Lopes de Azevedo e na rua Doutor Fausto de Almeida Prado Penteado.

A justificat­iva para o pedido é que as ciclovias são ociosas e as ruas em que foram implantada­s, estreitas, sinuosas e com forte inclinação. Outra queixa é que essas vias, distantes 2,7 km, não estão interligad­as.

Para chegar a essa conclusão, o TCM esteve nas vias citadas em três dias distintos. Em cada um deles, permaneceu por uma hora na via, de dois a três períodos de cada dia, segundo documento. O relatório deve ser analisado por um conselheir­o, que poderá recomendar a retirada das ciclovias à prefeitura.

“As ruas têm muitos aclives [elevações] e quase não são usadas. Tomam espaços dos carros que podiam estar estacionad­os ou circulando com mais fluidez”, afirma Solange Melendez, diretoraex­ecutiva da Sociedade Amigos Cidade Jardim, entidade que também solicitou a retirada das vias de bicicleta.

Para Daniel Guth, diretor geral da Ciclocidad­e, o método usado pelo TCM não tem validade. “É a mesma coisa que retirar uma calçada da rua porque passam poucas pessoas. A lógica é inversa. É preciso uma política pública para estimular as pessoas a andarem de bicicleta.”

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Robson Ventura/Folhapress Veículos circulam pela avenida Lopes de Azevedo, no Morumbi (zona oeste), que tem ciclovia; moradores pedem retirada de faixa de bicicletas por falta de uso

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