Prefeitura vai cortar doce e salsicha da merenda escolar
Novo cardápio vale a partir do 2º semestre em unidades onde refeições são feitas por terceirizadas
Serão permitidas outras opções com os mesmos ingredientes
A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão do João Doria (PSDB), vai cortar a salsicha e reduzir os doces na merenda escolar de alunos da rede municipal de educação.
A substituição dos alimentos faz parte de uma mudança no cardápio que será implementada a partir do segundo semestre nas escolas onde as refeições são feitas por empresas contratadas.
Nas escolas onde a refeição é preparada por merendeiras, a substituição já foi feita, segundo a Segundo a Secretaria Municipal de Educação.
A pasta disse que a mudança no cardápio inclui a substituição de alimentos industrializados e processados, por naturais e integrais. Também serão incluídos produtos orgânicos.
O suco do tipo néctar, por exemplo, será substituído pelo integral, que não tem corante. O composto lácteo, bebida feita à base de leite, também será retirada do cardápio da merenda (veja outras substituições ao lado).
As trocas foram possíveis após uma mudança no contrato com as empresas que preparam a merenda em cerca de mil escola, que atendem 500 mil crianças, segundo a secretaria.
Em nota publicada em sua página Facebook, o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, diz que o bolo nas festas mensais de aniversário está mantido.
Alimentos da merenda
A mudança no cardápio da merenda escolar ocorre após vários problemas na oferta de alimentos. Em setembro do ano passado, os alunos ficaram pelo menos três semanas sem feijão. Na época, a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) disse que suspendeu os contratos de fornecimento do cereal devido a problemas com a safra e à crise econômica.
O feijão também foi retirado da merenda das creches em abril do ano passado. Na época, a gestão Haddad tirou o produto depois que unidades receberam feijões com larvas. O problema foi identificado na safra de três fornecedores que atendem as creches municipais.
Em outubro de 2015, a Justiça mandou suspender o contrato que permitia a compra de salsichas congeladas para a merenda. Levantamento feito pelo TCM (Tribunal de Contas do Município), na época, mostrou que a prefeitura, também na gestão Haddad, pagava um valor R$ 35,4% maior do que de mercado.