Acusada de dar golpes até para colocar silicone é presa
Suspeita usava seu charme e beleza para enganar vítimas e fez plástica sem pagar, afirma polícia
Brasília A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu na noite da terça-feira uma mulher de 29 anos suspeita de 31 golpes na capital. Larissa Borges é acusada de dar golpes em oficinas, táxis, salões de beleza e até clínicas de cirurgia (colocar silicone).
A prisão é resultado de investigação de dois meses, com 20 inquéritos instalados na Operação Rainha de Copas. “Ela vive de crimes, não tem emprego”, afirma o delegado adjunto João de Ataliba Nogueira, da 1ª Delegacia de Polícia do DF, para onde ela foi encaminhada.
A jovem usava de beleza e simpatia para enganar as vítimas, de acordo com a polícia. “Uma mulher bonita, jovem, moradora da Asa Sul, uma região de classe alta aqui em Brasília”, diz Nogueira. De acordo com o delegado, os crimes começaram pela internet. Ela simulava a compra de carros, motos e celulares. Quando estava na posse do bem, não pagava e o vendia a um terceiro.
“Quando a vítima percebia que foi enganada, ela já tinha repassado o produto”, afirma o delegado. “Se ameaçavam processar, ela fazia um escândalo, dizia que iria à delegacia prestar queixa por injúria, o que acabava assustando a vítima.”
Os crimes foram ficando mais elaborados. De acordo com relatos, ela fazia compras em estabelecimentos e, quando o cartão não passava, deixava um documento falso com telefone falso como garantia. “Só em um salão em um dia, ela chegou a gastar R$ 700 em procedimentos”, afirma o delegado.
Nogueira conta que Larissa usava pelo menos três nomes falsos nos seus golpes.
Larissa teria feito até um procedimento cirúrgico, de colocar silicone, sem pagar. A polícia estima que, nos dois meses em Brasília, ela tenha causado um prejuízo total de, pelo menos, R$ 50 mil.
Agora, Larissa responde por 19 inquéritos de estelionato e um de furto. E mais devem surgir. “Desde a prisão, já chegaram novas denúncias”, diz o delegado.