Clubes da Comunidade têm áreas sujas aabbaannddoonnaaddaass
Falta de pintura e de redes em quadras e campos, lixo no chão e infiltrações são os principais problemas
Campos de futebol oficial e society de grama sintética em bom estado Instalações da sede e banheiros em bom estado
Estruturas muito bem conservadas e outras praticamente abandonadas. É o que Vigilante Agora encontrou na segunda-feira, quando esteve em oito CDCs (Clubes da Comunidade), unidades esportivas de administração indireta da prefeitura.
A gestão dos CDCs é feita por entidades das comunidades locais, por meio de associações comunitárias ou eleição pela população do bairro. Segundo a lei, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, sob a gestão João Doria (PSDB), é responsável pela fiscalização dos 284 CDCs.
O clube mais degradado é o do Jardim Bonfiglioli, na região do Butantã (zona oeste). A quadra poliesportiva está sem pintura, as tabelas de basquete estão sem os aros e o piso está com rachaduras.
“Antes, havia um caseiro que tomava conta e conservava a quadra, mas há muito tempo que ele saiu. Então a quadra está abandonada”, disse a cabeleireira Aparecida de Cássia Carvalho Meirelles, 50 anos, vizinha da quadra.
Também na zona oeste está outro clube em más condições. O campo de futebol do CDC Butantã está quase sem gramado. A cerca do local está derrubada, há lixo acumulado pela área do clube e a sede (incluindo banheiros e vestiários) tem infiltrações.
No centro, a situação é melhor. O CDC Roberto Russo, no Bom Retiro, está com as instalações em ótimo estado.
O CDC, casa do time de várz e a A s s o c i a ç ã o A t l ét i c a Anhanguera, tem um projeto social que incentiva talentos do futebol na zona norte, como na Brasilândia e no Jardim Peri —este último revelou o atacante Gabriel Jesus, hoje no Manchester City (ING).
O projeto social beneficia 40 crianças carentes de 12 a 16 anos. “Fazemos tudo isso com recursos exclusivamente particulares, como os vindos dos aluguéis das quadras e do salão, sem nenhuma ajuda da prefeitura”, afirmou Sidney Carlos Caran, diretor do CDC.