Justiça tira filho de juíza de presídio
Campo Grande Denunciado pela Promotoria por tráfico de 129,9 kg de maconha e porte de 270 munições, o filho da presidente do Tribunal Regional Eleitoral em Mato Grosso do Sul, desembargadora Tânia Garcia Freitas, foi beneficiado, em três decisões do Tribunal de Justiça do Estado, com a transferência de presídio para clínica médica.
A defesa de Breno Fernando Solon Borges, 37 anos, alegou que ele sofre de transtorno de personalidade, sendo duvidosa a sua sanidade mental. Borges, a namorada dele, de 18 anos, e um serralheiro foram presos preventivamente no dia 8 de abril. Com eles, os policiais encontraram a droga e as munições para armas de calibres 7,62 mm e 9 mm. Segundo o boletim de ocorrência, o empresário confessou que levaria o carregamento para Itapira (164 km de SP).
Em primeira instância, os pedidos de revogação da prisão foram negados. No dia 18 de julho, o desembargador Ruy Celso Florence, colega da mãe do empresário, permitiu a transferência de Borges de um presídio para uma clínica médica. Florence alegou que o empresário precisava de tratamento para amenizar a instabilidade emocional.
Porém, no mesmo dia, um outro mandado de prisão foi expedido a pedido da Polícia Federal. A vigência do mandado de prisão, no entanto, não durou mais do que três dias. Na sexta, Borges teve outro habeas corpus aceito pelo desembargador José Ale Ahmad Neto, que manteve a ida dele para clínica médica. Na segunda, a Câmara Criminal do tribunal votou o mérito do habeas corpos, mantendo a decisão pelo tratamento médico.