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Servidor que se demitir perde aposentado­ria

Funcionári­o público mais antigo que aderir à demissão voluntária federal perderá benefícios

- (Vanessa Sarzedas)

Os servidores que decidirem aderir ao PDV (Programa de Demissão Voluntária), anunciado pelo governo federal na segunda-feira não poderão se aposentar com as regras do funcionali­smo público, mais vantajosas do que as do RGPS (Regime Geral de Previdênci­a Social).

Quem optar por sair do Executivo terá que se aposentar pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Para isso, poderá transferir o tempo no funcionali­smo e levar também o valor dos salários para que seja feito cálculo da média salarial.

O PDV sairá por meio de medida provisória e, depois, deve ser publicada uma portaria de regulament­ação. Na MP, serão definidas quais carreiras, órgãos e regiões geográfica­s poderão partici- par do programa, além do número de funcionári­os por órgão que poderá aderir. Não há, porém, previsão para a publicação da medida.

O governo não definiu a meta, mas espera repetir o resultado do último PDV, feito na gestão de FHC, com a adesão de cerca de 5.000 funcionári­os. Se esse resultado for atingido, o governo espera economizar R$ 1 bilhão por ano.

A MP trará ainda outras opções para o funcionali­smo, como a licença incentivad­a de até três anos e a redução da jornada de trabalho.

A Condsef (confederaç­ão de servidores federais) criticou a medida e aposta que a adesão será baixa, com base na experiênci­a dos anos 90.

Apesar das iniciativa­s para reduzir gastos, o CSMPF (conselho do Ministério Público Federal) aprovou ontem o reajuste de 16,7% para procurador­es.

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