Agora

Boca desiste de Centurión

- (UOL)

“Estou pronto, porque eu estava treinando normalment­e. Faz um ano e meio que eu não perco um treino, sem problemas físicos ou de saúde. Ritmo de jogo falta um pouco, mas quem vai dizer é o tapete verde. Às vezes pensamos uma coisa, e ele diz outra. Quando eu entrar em campo, o Dorival verá.”

“A vida é feita de ciclos, e sete anos é um ciclo interessan­te. A Bíblia diz que se você comprar um escravo, ele trabalha por sete anos e depois você dá liberdade a ele. Realmente, eu quero recomeçar, porque eu quero me surpreende­r ainda em ter-

“Tem elenco, tem qualidade, mas no futebol são vários fatores que determinam os resultados. Passei por times, na minha experiênci­a, que eram grande times e que não davam liga. São coisas que acontecem no futebol, não adianta ter grandes nomes, eles têm de se encaixar em campo. Isso requer tempo e talvez isso seja um fator, porque o São Paulo mudou bastante este ano. Então é mais difícil que mostrem a qualidade em conjunto. Tem de se dar tempo para isso tudo acontecer.”

“Ter um time que joga em conjunto... um jogador pode fazer a diferença, outro pode fazer. Claro, há exceções. É difícil que um jogador consiga fazer a diferença em todos os jogos. Para um campeonato regular, tem de ter um time muito bem equilibrad­o, para que dê um suporte para que os jogadores que têm condições de fazer a diferença possam fazer quando necessário. Estou disposto e assumo a responsabi­lidade de vestir a camisa, honrar e ajudar como eu puder. Mas sempre será o conjunto.”

O atacante argentino de 24 anos não vai mais defender o Boca Juniors. Estava tudo certo, até a última polêmica.

Centurión foi indiciado por agredir e ameaçar de morte um jovem depois de uma briga na qual ele precisou sair escoltado e encapuzado para não ser linchado na porta da casa noturna Capítulo I, em Lanús, na província de Buenos Aires.

Amigos e amigas do jogador distribuír­am golpes e cusparadas aos presentes.

A confusão causou a ira do técnico do Boca, Guillermo Barros Schelotto, que perdeu a paciência. Em reunião às pressas com Daniel Angelici, presidente do clube, disse que deixaria o assunto com os dirigentes e que não se compromete­ria mais com o comportame­nto do atacante. Ontem, houve um contato avisando que as negociaçõe­s estavam encerradas.

Irritado com a diretoria xeneize, Centurión publicou carta de despedida, criticando o presidente do Boca.

“Lamentavel­mente, estamos em um país em que quando um se equivoca, em vez de ajudá-lo, lhe soltam a mão. Que lástima, Boca, você fazer isso por ter uma diretoria e um presidente pouco sérios. Larguei tudo e vim para assinar com o Boca, nunca me quiseram. Eu me dediquei ao máximo e treinei como poucos treinaram. Não fiz política, chorei por essas cores, mas não valorizara­m nada”, disse no texto.

Centurión já havia viajado à Itália para acertar com o Genoa quando o time argentino cobriu a oferta.

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