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Conselho investiga decisão que soltou filho de juíza

- (FSP)

Campo Grande O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) abriu procedimen­to para investigar se houve algum ato indevido na decisão que permitiu que o empresário Breno Fernando Solon Borges, 37 anos, deixasse a prisão no último dia 21. Ele é filho da presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul, desembarga­dora Tânia Garcia Freitas.

Em abril, Borges foi preso em flagrante com 129,9 kg de maconha e munições e, após passar dois meses na prisão, foi transferid­o para uma clínica médica em Campo Grande. Borges foi preso por tráfico de drogas no dia 8 de abril e levado para o presídio em Três Lagoas.

Em julho, foi beneficiad­o com três decisões do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, e transferid­o da cadeia para se submeter a um tratamento por instabilid­ade emocional e impulsivid­ade.

O objetivo do CNJ é identifica­r se o habeas corpus, dado durante a madrugada pelo desembarga­dor José Ale Ahmad Neto, poderia ser concedido em regime de plantão ou alguma regra foi burlada. Caso a maioria dos 17 conselheir­os avalie que houve irregulari­dade, o desembarga­dor pode ser penalizado com advertênci­a e até com aposentado­ria compulsóri­a.

A defesa de Borges diz que não houve privilégio. A desembarga­dora Tânia Garcia Freitas não está se pronuncian­do sobre o caso, que corre em segredo de Justiça.

Antes de ser preso, Borges já era alvo de investigaç­ão policial. Conversas telefônica­s apontam uma suposta participaç­ão dele em um plano de fuga de um detento do presídio Três Lagoas.

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Arquivo Pessoal Breno foi preso com 130 kg de maconha teve habeas corpus aprovado durante a madrugada

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