Antes de ser sério, futebol precisa parecer ser sério!
Vai, vai, vai começar a brincadeira, tem charanga tocando a noite inteira, vem, vem, vem ver o circo de verdade, tem, tem, tem picadeiro e qualidade... Alô, povão, agora é fé! Há anos se discute sobre o auxílio eletrônico na arbitragem. Enquanto ele não é (oficialmente) implementado, estão transformando o futebol num circo patético!
Arbitragem horrorosa, uma tradição do esporte bretão desde a sua invenção, é um mal, óbvio ululante, mas faz parte. É preciso minimizar os erros, trabalhar para melhorar o apito, mas se convive com eles... Desde que haja a impressão de que foram erros, equívocos, não roubos ou transgressões às regras deliberados! Em outras palavras, que o pau que dá em Chico dê em Francisco, com o mesmo critério.
Ao usar imagem de TV, oficialmente proibida, para corrigir um erro, o futebol perde. Não é matemática, em que duas atitudes negativas viram uma positiva. O pênalti inexistente que Vuaden deu para o Santos seria menos prejudicial à honestidade do jogo do que a “correção”, pela forma como foi. Há quem diga que é preciso acreditar no que as pessoas dizem. Por essa lógica, a Lava Jato é uma ficção: todos os implicados negam crimes e afirmam que são ótimas pessoas e blá-blá-blá. É para acreditar na pessoa em detrimento dos fatos e da lógica?
Pois bem, a versão oficial de Leandro Vuaden é a de que ele apitou sem convicção um pênalti contra o Fla e, por isso, perguntou a opinião do quarto árbitro (que estava muito mais longe do lance). E, olha que show de humildade, ignorou o que viu e marcou, ficou com a visão do auxiliar que estava fora do campo de jogo e voltou atrás.
Há quem diga que futebol não é sério. Mentira! O futebol nem parece sério.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!