Trabalho informal reduz número de desempregados
Taxa de desocupação caiu de 13,7% para 13% entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, diz IBGE
O aumento do emprego informal provocou a queda da taxa de desemprego no país no segundo trimestre deste ano, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a primeira vez que a taxa recuou desde dezembro de 2014, início da recessão econômica.
No trimestre encerrado em junho, o índice ficou em 13%, abaixo dos 13,7% do primeiro trimestre.
O total da população desocupada —que são desempregados em busca de oportunidade— somou 13,5 milhões de pessoas, queda de 4,9%. A fila de emprego teve, portanto, uma redução de 690 mil pessoas entre os trimestres analisados.
Essa queda na taxa de desemprego, porém, ocorreu com o crescimento da informalidade, e não de vagas com carteira assinada.
“Há mais pessoas sem carteira e por conta própria, que não têm garantias trabalhistas”, afirmou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
A leve redução na desocupação não significa recuperação da economia, segundo o professor da FGV Management Luciano Salamacha.
“O aumento da informalidade mostra que os empresários estão com medo, contratam sem registrar, esperando regularizar a situação lá na frente, se a economia melhorar”, diz.