Senado dos EUA mantém plano de Obama
Washington Com o polegar direito para baixo, o senador republicano John McCain selou, na madrugada de ontem, a derrota do presidente dos EUA, Donald Trump, na tentativa de reverter a reforma da saúde realizada por Barack Obama.
O voto era contra um texto que rejeitava menos pontos do “Obamacare”, mas não cortava a expansão do Medicaid (sistema público para os mais pobres) e mantinha regulação de planos de saúde.
Foi a terceira proposta dos republicanos recusada, em uma semana, pelo Senado, onde o partido tem maioria.
“É hora de seguir em frente”, disse o líder republicano na casa, Mitch McConnell.
Na Câmara, onde um projeto para substituir o “Obamacare” passou por pouco, a frustração era evidente. O presidente da casa, Paul Ryan se disse “decepcionado”, mas afirmou que outros temas precisam de atenção, como a reforma tributária.
Era esperado que as senadoras republicanas Susan Collins e Lisa Murkowski votassem contra. Mas o partido, que tem 52 dos 100 votos, não podia perder outro.
Foi então que McCain, que teve um emocionado retorno ao Senado nesta semana após ser diagnosticado com câncer no cérebro —e foi chamado de “herói” por Trump ao apoiar o início dos debates sobre o tema— definiu o placar de 51 a 49 contra.
“O ‘Obamacare’ deve ser substituído por uma solução que amplie a concorrência, corte custos e melhore o serviço”, disse McCain, para quem o plano atual “não alcança tais metas”. Trump voltou a dizer que deixará o “‘Obamacare’ implodir”.