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Guerra no sofá Mesmo quem não viu “Game of Thrones” já ouviu falar; número de fãs cresce e irrita quem tenta ignorar fenômeno

- (Fabiana Schiavon)

Há duas semanas, estreou a sétima temporada da série “Game of Thrones” (HBO). Desde então, o assunto voltou a tomar conta da internet e também das casas e dos bares. Por tanta discussão, a série pode até virar motivo de discórdia. É que os fãs jamais vão desistir de convencer a todos de que “Game of Thrones” é imperdível. Mas a complexa história de um reino medieval fictício (veja ao lado), com centenas de personagen­s, não é para todos e há quem resista. Não só isso: há quem se irrite com o fenômeno em que o programa se transformo­u e com a mobilizaçã­o que ele causa a cada nova temporada.

A tecnóloga Renata Conejo, 35 anos, é fã e explica por que é fácil gostar da série. “Tem tudo o que o ser humano mais gosta. É uma série violenta, com cenas de luta incríveis, os personagen­s são interessan­tes e a história sempre surpreende. Ainda tem o fato de não existir personagem bonzinho.”

Por outro lado, a bióloga Izabela Oliveira, 44 anos, não quer nem ouvir falar no assunto. “Olha, eu não ligo para a violência. O que me incomoda mesmo é o fanatismo dos espectador­es”, conta. “São muitas postagens nas redes sociais, e o mundo para quando vai ao ar. Eu não gosto, mas até sei que acabou de lançar uma nova temporada”, ri.

O fanatismo e o excesso de comentário­s sobre a série na internet fizeram com que o professor de inglês Fernando Scoczynski Filho, 27 anos, desistisse de vê-la. “Eu assisti à primeira temporada inteira. Apesar de ser um pouco maçante, tem uma história bem complexa e boa. Mas as pessoas começaram a contar na internet tudo o que ia acontecer. Mesmo sem procurar nada sobre o assunto, eu acabava descobrind­o algo. Então, desanimei mesmo”, conta Scoczynski, que viveu o mesmo drama com “Lost”. “Toda série que tem muito fã acaba passando por esse problema. É muita gente falando sobre o assunto. Hoje, prefiro ver ‘Black Mirror’ e ‘Demolidor’, sobre as quais ninguém comenta”, diz ele.

Quando se trata de “Game of Thrones”, as irmãs Marina e Isabela Argentin ainda não se entenderam. “Eu nunca parei para assistir porque não despertou a minha atenção”, revela a tradutora Marina, 29 anos. A designer de moda Isabela, 21 anos, revela que a irmã até mesmo sai da sala quando a maratona começa. “Já tentei arrastá-la e a obriguei a assistir algumas cenas. De tanto que eu chorava, precisava compartilh­ar a minha dor”, diverte-se Isabela, que viu cinco temporadas em cinco dias. “O enredo é surreal de bom. É gostoso discutir a série com os amigos. A gente fica pensando em mil possibilid­ades para cada personagem.”

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Rubens Cavallari/Folhapress Izabela Oliveira, 44 anos, não quer ouvir falar no assunto
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