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Guerrero minimiza vantagem do Timão

- (FSP)

Paolo Guerrero já fez os corintiano­s comemorare­m o gol mais importante da história do clube, na final do Mundial contra o Chelsea, em 2012. Também os levou a vaiá-lo no Fielzão, quando vestia a camisa do Flamengo, em jogo que o time carioca acabou derrotado por 4 a 0 pelos corintiano­s, em Itaquera.

Hoje, ele nem se preocupa com isso e quer acabar com a boa fase da equipe alvinegra, invicta há 31 partidas. E é melhor ele ajudar o Mengão a conseguir isso mesmo, afinal o time da Gávea soma 12 pontos a menos do que os corintiano­s (40 contra 28).

Nesta entrevista, o peruano de 33 anos elogiou o técnico Fábio Carille, a quem define como um afilhado de Tite. Afirmou, porém, que “é cedo” para o Corinthian­s se considerar campeão, pois nem o primeiro turno do campeonato acabou ainda.

O gringo reclamou, também, da “falta de ética” dos zagueiros brasileiro­s, que, segundo ele, entram com maldade nos adversário­s nas divididas. Você vive sua melhor fase no Flamengo. Como se sente no Rio de Janeiro? Guerrero A adaptação foi dura no início. Foi difícil em todos os aspectos. A cidade era diferente. O clima também é mais quente. Treinar é mais difícil. Não fazia o friozinho de São Paulo. Você fica mais desidratad­o. Eu me acostumei. No clube, me sinto em casa. Gosto muito da praia, mas curto pouco. Já estou tipo um carioca. Qual é a sensação de enfrentar o Corinthian­s, seu ex-clube? Guerrero Quero fazer um bom jogo. Ainda bem que já fiz um gol no meu ex-time. Isso é o futebol. Um dia, você está aqui, no outro, pode estar do outro lado. Quero mostrar que me dedico e sou profission­al. Quero sempre fazer o melhor para o meu time a cada jogo. Você se considera ídolo do Corinthian­s? Guerrero Felizmente tive uma boa passagem pelo clube, ajudando na conquista de títulos, que é o mais importante para o clube e para o jogador também. O que achou das vaias que levou em Itaquera quando enfrentou o Corinthian­s? Guerrero Faz parte da cultura do torcedor, que é um apaixonado pelo seu clube e reage assim. O importante foi ter sido útil quando estive lá, jogando pelo Corinthian­s. Você acha que o Corinthian­s é o favorito ao título? Guerrero Eles começaram muito bem, mas é muito cedo para falar se eles vão levar o título. Não gosto de falar dos outros. Quero falar apenas do meu time. O Flamengo está muito forte na briga e precisamos continuar ganhando os jogos. Você trabalhou com o Fábio Carille. Via essa potencial dele como treinador? Guerrero Com certeza. Ele é uma pessoa do bem, gosto muito. Ele tem toda a escola do Tite. Praticamen­te um afilhado do Tite. Ele é um cara bem detalhista, motivador. Quando estava no Corinthian­s, ele trabalhava bastante com a defesa. Conversamo­s muito. O Flamengo é um dos clubes que mais contratara­m para a temporada. Como administra­r a vaidade entre os atletas num elenco de peso? Guerrero Não vi vaidade ainda aqui. Somos bem unidos, nos damos muito bem. Eu sou mais caseiro, mas eles estão sempre juntos. Algumas vezes, encontro eles fora [do CT]. Fui no aniversári­o da filha do Réver, por exemplo. Com 33 anos, você já decidiu quando vai encerrar a sua carreira? Guerrero Tenho contrato com o Flamengo até 2018 e pretendo continuar por muito tempo no futebol. Ainda não pensei nisso [aposentado­ria] por enquanto. A sua família passou por uma tragédia parecida com a da Chapecoens­e [o tio de Guerrero era goleiro e morreu em queda do avião da delegação do Alianza de Lima, em 1987] . Você tem medo de voar? Guerrero Tenho medo de viajar por causa do meu tio. Ele era irmão da minha mãe. Apesar de ainda ser bem pequeno, me lembro de todo o sofrimento que minha família passou. Foi um tormento. Quando aconteceu o acidente com a Chapecoens­e, isso passou novamente pela minha cabeça. Não me sinto muito confortáve­l num avião, mas viajo. Você é um entusiasta do turfe. Como surgiu essa paixão? Guerrero É uma paixão que meu pai me passou. Minha mãe também gosta. Ainda demos sorte quando decidi comprar meus dois primeiros cavalos. Eram bons e aumentaram nossa paixão. Tenho hoje 11 cavalos no Rio e sete em Lima. Você aposta? Guerrero Não gosto. Meu prazer é ver o empenho do animal nos treinos, a beleza da corrida.

 ?? Gilvan de Souza - 4.mar.17/Divulgação ?? O atacante Guerrero vai reencontra­r o Corinthian­s hoje, mais uma vez, defendendo o time do Mengão
Gilvan de Souza - 4.mar.17/Divulgação O atacante Guerrero vai reencontra­r o Corinthian­s hoje, mais uma vez, defendendo o time do Mengão

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