Ferroviários desistem de greve
Os sindicatos que representam os funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), empresa da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), decidiram não realizar greve, marcada para hoje, e adiaram a decisão sobre uma futura paralisação. Uma audiência na Justiça do Trabalho será feita amanhã e uma nova assembleia dos sindicatos será feita no dia seguinte para decidir por greve ou não. A decisão foi tomada nos quatro sindicatos que representam funcionários da empresa.
A categoria protesta contra o anúncio de corte de 3,51% dos salários de seus funcionários. A CPTM diz se apoiar em uma decisão judicial do TST (Tribunal Superior do Trabalho). O impasse se dá pois em 2011, após fazerem greve, os servidores da CPTM conseguiram obter no Tribunal Regional do Trabalho, o aumento de 3,51%. Mas em março deste ano, a CPTM conseguiu recorrer do reajuste, o que a daria direito de não mais pagar o valor referente ao aumento de 2011.
Os ferroviários, no entanto, dizem que a redução é irregular já que a sentença do TST deixa “ressalvadas da decisão as situações fatídicas já constituídas”. Ou seja, para os funcionários, todos os reajustes salariais feitos desde 2011 e uma reforma salarial feita pela companhia em 2014, que contemplaram os 3,51%, constituíram um direito adquirido que, diz a sentença, não pode ser mudado. Ontem, até a conclusão desta edição, o sindicato dos metroviários ainda não haviam anunciado se a categoria irá ou não parar.