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“É difícil dizer não a um governador”, afirma Eike

- (FSP)

O empresário Eike Batista afirmou, em depoimento à Justiça Federal, que era “difícil” negar um pedido feito por um governador, em referência ao empréstimo de jatos a Sérgio Cabral (PMDB).

Negociando delação premiada com a PGR (Procurador­ia-Geral da República), Eike não respondeu à maioria dos questionam­entos do juiz Marcelo Bretas.

Ele depôs no processo em que é acusado de pagar US$ 16,5 milhões de propina ao ex-governador do Rio.

“Tinha três aeronaves e as pessoas sabiam que elas ficavam muito paradas. Muitas pessoas tinham a liberdade de fazer: ‘Posso usar o seu avião?’. E é difícil dizer não a um governador”, disse Eike, para logo depois ser orientado pelo advogado Fernando Martins a não falar mais.

Cabral nega propina

Já Cabral, em novo depoimento a Bretas negou ter recebido propina de Eike. Ele disse se tratar de contribuiç­ão eleitoral via caixa dois.

O ex-governador voltou a negar ter mantido contas no exterior em nome dos irmãos Renato e Marcelo Chebar.

Segundo denúncia do Ministério Público, Eike pagou os US$ 16,5 milhões em um banco no Panamá, e depois transferid­os para o Uruguai.

“Eu recebi esses recursos na campanha de 2010. Eu não sei qual foi o modus operandi dele para receber”, afirmou ao juiz. “Quero ver se eles têm coragem de falar, olho no olho, que essas contas eram minhas.”

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Eike Batista, acusado de pagar propina no Rio

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