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História foi bem avançada para a época, diz autor

- (LVo) (LVo)

anos. “Eu já tinha ouvido falar bem dessa novela e resolvi assistir. Minha mãe sempre me disse que era muito boa, então, quando fiquei sabendo que iria passar no Viva, não perdi a oportunida­de de ver”, revela a estudante.

Segundo ela, a trama virou um vício e, quando fica sem ver um capítulo, bate uma chateação. “Estou há alguns dias sem assistir à novela, devido a uma viagem. Porém, gosto muito dela. É divertida e não é tão apelativa quanto as novelas de hoje em dia. A única coisa que eu não gosto muito é do envolvimen­to amoroso entre Tieta [Betty Faria] e o sobrinho [Cássio Gabus Mendes]”, conclui

Coautor de “Tieta” (Globo, 1989), Ricardo Linhares avalia a novela que escreveu com Aguinaldo Silva e Ana Maria Moretzsohn como avançada para a época. Ele ainda pontua que, caso fosse ao ar hoje em uma TV aberta, teria de ser editada, por conta de alguns assuntos e imagens mostrados.

“Estávamos vivendo um período em que era estimulant­e avançar nos costumes. Hoje em dia, isso pode afugentar uma parcela do público. Eu senti isso ao escrever ‘Babilônia’ [2015]. Infelizmen­te, houve um retrocesso”, diz o novelista.

Entre as polêmicas estão a nudez da atriz Isadora Ribeiro logo na abertura da novela. O enredo também abordava assuntos delicados, como a pedofilia, por meio do personagem Artur, prefeito interpreta­do por Ary Fontoura.

Mas Linhares conta que foi uma grande alegria escrever “Tieta” na ocasião. “Houve um entrosamen­to completo com os demais autores. Nós nos reuníamos toda segunda-feira num hotel na Barra da Tijuca, no Rio, que a Globo alugava para nós trabalharm­os. Nessas reuniões semanais, nós bolávamos juntos os seis capítulos que escrevería­mos naquela semana. Nós ríamos, brincávamo­s e nos divertíamo­s criando as situações. O elenco era sensaciona­l. E à medida que a novela avançava, os atores dominavam cada vez mais seus papéis”, lembra.

O autor conta que só sente alegria assistindo ao canal Viva. “No momento, estão exibindo outra novela da qual participei, ‘Fera Radical’ [Globo, 1988]. A trama também tem uma legião de fãs, o que me deixa muito orgulhoso. Agora, só falta o Viva transmitir ‘Lua Cheia de Amor’ [Globo, 1990]. Você não faz ideia da quantidade de pedidos de reexibição que eu recebo.”

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