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Argentina defende tirar Venezuela do Mercosul

- (Agências)

Aumentando o tom em relação à declaração conjunta amena divulgada após a última reunião do Mercosul, no último dia 21, em Mendoza, o presidente argentino, Mauricio Macri, disse ontem que a Venezuela “deve ser suspensa definitiva­mente do Mercosul. É inaceitáve­l o que está ocorrendo neste país”.

É a primeira declaração mais incisiva de um membro do bloco desde a eleição da Assembleia Constituin­te no último domingo, por convocação do presidente venezuelan­o, Nicolás Maduro.

Em Mendoza, tanto o Brasil como a Argentina e o Paraguai quiseram um texto final da cúpula que colocasse mais pressão contra Maduro.

O Uruguai, porém, foi contra, entre outros motivos porque o presidente do país, Tabaré Vázquez, tem em seu Congresso uma maioria de sua aliança, a Frente Ampla, que está a favor de uma solução negociada e sem a aplicação de sanções ou de ações mais duras.

Ontem, Macri expressou preocupaçã­o renovada após os eventos do fim de semana e chamou à ação os outros países da região.

“Estamos alcançando um consenso em toda a América Latina e no mundo em geral de condenar o governo venezuelan­o”, acrescento­u.

“A vida dos venezuelan­os perdeu o valor. Deixou de ser uma democracia e os direitos humanos são violados sistematic­amente”, disse.

Havia ficado acertado que se daria início a um “período de consultas” que começaria com um convite a Maduro e a representa­ntes da oposição venezuelan­a a irem ao Brasil, presidente temporário do bloco, para iniciar essas consultas. Até agora, isso não aconteceu.

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O presidente argentino, Maurício Macri, que é um crítico do colega venezuelan­o, Nicolás Maduro

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