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Em novo disco, Projota destaca seu lado crítico, mas continua cantando o amor; Mano Brown e Anavitória participam

- (Fabiana Schiavon e FSP)

“Cobertor”, “Elas Gostam Assim”, “Ela Só Quer Paz” e muitos outros sucessos já consolidar­am a carreira de Projota. Aos 31 anos, o rapper romântico e pop chega com um novo disco em que procura revelar a sua identidade de forma mais completa. O álbum “A Milenar Arte de Meter o Louco” tem faixas com rap mais pesado, letras críticas e a presença de convidados, como Mano Brown, Karol Conka, Rashid e Haikaiss. O romance se mantém com Anavitória, em “Linda”, e com o sucesso “Oh Meu Deus”. Para o rapper, sua música não mudou. O que mudou foi só o jeito de apresentá-la.

“É que, na real, o peso das músicas é mais sentido na batida do que na letra. Mas meus discos sempre tiveram canções pesadas. Agora, queremos levar esse trabalho de uma forma melhor ao público. Sabemos que pouca gente ouve um disco inteiro, então é preciso apresentar música a música para o pessoal”, diz Projota.

Ele diz que as canções que não chegam às rádios —normalment­e as mais pesadas e críticas— acabam ficando sem reconhecim­ento do público. “Elas ficam escondidas. Por isso, nesse disco, resolvemos fazer clipes do disco inteiro. Já foram seis vídeos e haverá outros cinco”, diz o cantor, que espera, assim, atrair mais atenção para o álbum todo.

Parte desses videoclipe­s, bem produzidos e que exploram o lado ator de Projota (leia mais ao lado), já estão no ar no canal do cantor no YouTube. São eles a faixa “A Arte de Meter o Louco”, além de “Linda”, “Oh Meu Meus”, “Rebeldia” e “Antes do Meu Fim”.

Projota espera ser mais conhecido pelo conjunto de sua obra. “Ficou o estigma do rapper que só fala de amor, porque a maioria das pessoas me conheceu pelas músicas do rádio. Mas sou bem tranquilo com relação a isso. Faz parte do processo”, esclarece.

Misturar tendências e gêneros é outro esforço do músico, que tem no mesmo disco, Mano Brown, dos Racionais MC’s, e a dupla romântica Anavitória. “Eu não conseguiri­a quebrar o preconceit­o musical em um disco só, mas eu tenho investido nisso. Cantei com Jota Quest, com Anitta, com o Marcelo D2. São projetos que tiveram respostas diferentes, mas que foram feitos com respeito. Eu quero ser uma ponte do meu público para artistas que admiro e para os quais, talvez, ele ainda não tenha aberto os olhos.”

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O rapper Projota lança o seu segundo álbum, “A Milenar Arte de Meter o Louco”

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