Bairro fica um mês sem cartas
O aposentado João Batista Sousa, 67 anos, vive desde 1977 em Americanópolis, no distrito de Cidade Ademar (zona sul), e diz que nunca tinha visto atrasos tão grandes na entrega de correspondências dos Correios como tem ocorrido nos últimos tempos. “A gente ficou cerca de um mês sem receber correspondência nenhuma por aqui. Fiz um ofício por meio da minha entidade. Falaram que iriam regularizar o serviço, mas até agora nada”, afirma Sousa, que também é líder comunitário.
Segundo o aposentado, os próprios funcionários dos Correios reconhecem a falta de pessoal e dificuldade nas entregas. “Aqui, o carteiro têm passado só às segundasfeiras e, às vezes, no fim da tarde da sexta”, diz.
O aposentado conta que já ouviu reclamações de conhecidos sobre boletos que chegaram atrasados e, por isso, geram multas altas.
“Uma conhecida tinha conta no valor de R$ 368 e passou para R$ 548 por causa do atraso”, afirma.
Quando o boleto não é pago na data correta, a responsabilidade por multas e juros cabe ao próprio cidadão, não ao remetente ou aos Cor- reios, mesmo que chegue com atraso.
Sousa conta que muitas pessoas no bairro são simples e têm dificuldades em emitir segunda via de boletos pela internet, por isso é importante o recebimento de correspondências em papel, via Correios.