CPTM tem mil quedas de passageiros no vão em 1 ano
Com espaços de até 46 cm entre o trem e a plataforma, todas as 91 estações têm espaço inadequado
No ano passado, 989 pessoas caíram em vãos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), alta de 13% na comparação com 2015, segundo dados obtidos pela Agência Mural com a companhia, via Lei de Acesso à Informação. É o acidente é o mais comum nas estações.
Em média, os vãos das estações da CPTM tem 18 cm, quase o dobro do recomendado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em norma que trata do embarque de pessoas com mobilidade reduzida: 10 cm.
A agência visitou todas as 91 estações em funcionamento e mediu os espaços entre a plataforma e as composições. O recorde, de 46 cm, foi encontrado em Aracaré, na linha 12-safira. Como comparação, um sapato 48 tem apenas 31 cm. “Teve gente que até quebrou a perna aqui”, conta o autô- nomo Roger Menaro, 26.
Há vãos grandes em estações movimentadas como Osasco, onde, em média, 45 mil pessoas passam por dia e atravessam 39 cm para embarcar. Nas estações da linha 3-vermelha do metrô, por exemplo, nenhuma estação tem mais de 10 cm de vão.
A frota de trens da CPTM é bastante diversa: há desde trens dos anos 1950 que passaram por várias reformas e seguem em operação até modelos entregues há poucas semanas, que oferecem padrão similar ao do metrô. Alguns trens possuem uma extensão nas portas para reduzir a distância até a plataforma, e outros não.
Há também problemas de degraus elevados entre o vagão e a plataforma. Em ao menos quatro estações, o vão fica mais alto do que a altura do vagão. Há em alguns casos até 20 cm.
A situação é conhecida pelos funcionários da CPTM. “Precisamos de ao menos dois funcionários para conseguir transportar quem está com cadeira de rodas”, disse um segurança. Linha 7-rubi 8-diamante 9-esmeralda 10-turquesa 11-coral 12-safira Recomendação da ABNT