Agora

Presos ficam sem tornozelei­ra eletrônica

- (FSP)

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu romper o contrato com a empresa responsáve­l pelo monitorame­nto de quase 7.000 presos por meio de tornozelei­ra eletrônica.

Isso inclui todos os mais de 4.500 detentos do regime semiaberto que deixam as unidades prisionais para tra- balhar diariament­e no Estado de São Paulo e, ainda, os cerca de 2.500 monitorado­s durante as saídas temporária­s —como o Dia dos Pais.

Por ora, o Estado não tem uma previsão de quando o serviço será normalizad­o. Não se sabe também se os juízes impedirão detentos de deixarem a prisão por falta do aparelho. É certo, porém, que atingirá o feriado deste final de semana. “Em agosto agora, no Dias dos Pais, não temos como monitorar”, disse o secretário estadual da Administra­ção Penitenciá­ria, Lourival Gomes.

A decisão de rescindir o contrato com a Synergye Tecnologia, responsáve­l pelo serviço, deve ser publicada no “Diário Oficial” do Estado hoje. Ela foi tomada, segundo o governo, após uma série de ocorrência­s de mau funcioname­nto do serviço.

Os problemas vão desde a não entrega de todos os aparelhos contratado­s (cerca de 800 a menos) até a demora para a tornozelei­ra ser ativada —quando os funcionári­os dos presídios ligam o aparelho à saída do preso.

Os equipament­os presos no tornozelo dos detentos apresentar­am superaquec­imento (alguns presos foram levados à enfermaria) e, ainda, baterias que não carregavam. A falta de carga (ou a ausência de bateria) provoca o acionament­o de alertas.

Procurados pela reportagem por telefone e por email, os responsáve­is pela empresa não se manifestar­am.

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